Que a sinfonia das tragédias tenha início

Vou postar um poema em homenagem ao meu fiel e querido violino, Caerberus, o guardião! Ele é muito pessoal mas vou postar assim mesmo até por que ninguém vai ter paciência de ler (reparei que posts grandes não dão comentários aqui nesse blog)


A Rapsódia de uma Alma

A Caerberus, meu fiel violino.

O contador de histórias,
Que a tudo presenciara,
Viu a montanha ser partida,
Mas não acreditara.
Ainda que abalo tão profundo,
Mesmo do imponente meteoro,
Não lhe podia encher a mente.
Embora tocasse da flauta, rapidamente,
As notas mais agudas,
Seus ouvidos aguçaram-se
E aos olhos clamaram
A visão daquela inundação
Que todos chamaram
Por natural desordem.
Contudo a única cousa que lá errava
Era a pequena pedra que rolava
Dos pés de uma criança
Que a tempestade desafiava.

Os mares tinham sua própria sinfonia.
Embora ouvissem-na os marinheiros
Com profunda agonia
Não podia ser silenciada.
Mas calada se encontrava,
Solene, a recém casada,
Vendo, pelos mares tragada,
A pequena barcaça
De seu amado para o fundo do mar.


Os impetuosos raios caiam tempestuosos.
Varriam a terra em sua dança
Sobre os cumes rochosos.
Jogavam pedras uns aos outros
E aos pássaros guerreiros
Que faziam frente às centelhas luminosas.

Eu grito e brado pela melodia!
Quero o som que me abale
Agudo, estridente!
Desejo a canção rápida como o raio,
Impetuosa como a enchente.

Que Caerberus, o violino guardião
Invoque a tormenta mestra
Que agite o tempo e o espaço!
Que distorça a matéria!
Varra o solo com seus raios gritantes
E componha a melodia distante
Para que todos ouçam
O som mais vibrante
Da forja de Hephaestos
A chama dançante.

Eu desafio Apolo!
E não terei o mesmo destino
Do pobre Sátiro
E do rei infausto

Que seja todo trovão testemunha
Desse meu espírito em frenesi
Que venham presenciar
A canção da lendária Phoenix
Eu brado! Que se faça ruína
Pedra por pedra!

Com essa sinfonia refaço minha alma
Em um vórtice de luz e treva
Onde toda ária e réquiem,
por mais distintos,
Se misturam.

Após a última nota reinará o silêncio.
Enfim, poderá o mundo
Dentro de mim ficar latente.
E todos os pássaros
E as barcaças
No profundo oceano.

Até que a sinfonia desperte novamente...


Eca, tem cada aliteração ruim aqui que espero que meu amigo não fique triste. Desculpas Caerberus, tentei fazer o melhor possível. Na próxima vez acerto a mão.

hum... A estrofe da Phoenix não ficou ruim... Bem, o texto não é de todo mal.
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