De volta à terra do fim

Amanhã viajo para minha terra natal, devo voltar logo... Tenho muitas notícias e justamente por isso não vou dar nenhuma, tem acontecido muita cousa nesses últimos dias e como não tenho vontade de escrever nada de útil vou postar um poema horrível que vomitei um dia desses qualquer no papel. Eu não leria se fosse você.




Livre saudade


Ária antiga tocava o bardo.
Ária antiga, sobre tempos
Que não dizem adeus.

Não sabia dizer adeus!
Consigo carregava
Todo lugar por onde passava.

Livre, pelas estradas,
Dançava!

Livre, caminhava
Cantando nova balada!

Sobre vilas antigas...
Sobre a pessoa amada...

De reino em reino
Buscava a liberdade
Sem nunca aprender
A dizer adeus.

De reino em reino
Dançava e cantava
Sem poder esquecer
Do novo alvorecer.

Novo alvorecer
Que nova estrada trazia
Procurando outra vila!
Sua jornada, sua vida.

Livre, pelas estradas,
Dançava!

Livre, adeus nunca dizia,
Mas sua voz erguia
Além dos horizontes
Em seu brado, seu cantar.




Se lágrima solitária
Bastarda escorria,
Lembrava-se da última ária
Que adeus dizia

E, quando o fio gélido
Da saudade cortava,
Erguia sua voz pelas estradas
E sua balada cantava
Eterna música
Que por ele dizia adeus!

Assim vencia o horizonte.
Assim vencia mais um dia.
Não importando onde.
Não importando sua sina.
O crepúsculo sempre estava ao longe
Ou a canção que o vento proferia.

De reino em reino!
Vá de vila em vila!
Essa é tua sina!
Procura novo destino
Para nova jornada
Ou novo dia
Em tua vida.

Livre, como o vento se tornara
E a nada jamais se apegara.
Apenas cantava sua balada
Eterna música
Além das eras
Seu brado em música gritava
“Nunca aprenderei a dizer adeus”









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