Réquiem de outono




I

Mas as folhas ainda caem...
As folhas ainda caem
E isso é inevitável...

O que podemos fazer
É apenas escolher
O modo de olharmos.

Para o futuro...
Para o passado...
Para o tempo...
Ou uma simples folha que cai.

II

É uma chave simples
Para o princípio
De tudo aquilo que se vai.

Um presente oculto
Na trama da vida
Que nos assombra e nos atrai.

Para o desconhecido...
Para o revelado...
Para o indescritível...
Ou apenas uma brisa que nos distrai.

III

Por tudo aquilo que decai,
Que passa ao toque do vento.
São palavras de acalanto

Sem a sombra eterna do espanto
Que nos diz o errôneo
Nesse pasmo pântano.

Por uma pedra que afunda
Por um mínimo de luz
Pela palavra que desfaz.
0 comentários:

Followers