Das linhas

Construo as palavras em seu eco, como labirinto ressonante de pura linguagem. Há, nele, um dialeto perdido que se constrói na linha reta, na linha que se recusa ser curva que converte imagem em matéria fugaz e sem forma, mas na forma que se sustenta e traz a ela tantas outras formas que ganha sem ceder à discrepância em sua própria imagem. A linha reta é a linha aditiva, violentamente arquitetônica. Sua idéia de pluralidade é sufocada por sua linearidade clara, contínua, incapaz de divagar, de perder a própria forma, de perder-se. A linha reta é incapaz de extrapolar ou de estacionar-se no círculo, progride, mas sua direção é única e ruma ao infinito lugar-nenhum vinda de um infinito lugar-nenhum, estonteante. Se houvesse um predador de linhas, a linha reta seria extinta, ela é previsível, jamais tomará outra direção que não aquela que fora determinada pelos dois míseros pontos que a determinam. A linha curva é dinâmica ao mesmo instante que é estática no círculo... A linha curva é completa...
4 comentários:

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Espero conseguir novos em breve


E como havia falado, mas resumindo um pouco... Somos diferentes nisso. Prefiro as linhas retas. Parecem previsiveis. Mas só realmente são quando já sabemos no que ela dá. ^^

E elas são firmes. Seguras.

Se eu fosse o predador das linhas a deixaria ali... talvez como rainha ^^


E como não saber onde elas vão dar, se não podem fugir aos dois miseráveis pontos necessários para definir seu imutável trajeto?


bom...aqui estou para comentar no blog, bom eu não li o texto...porque não quis mesmo, mas vamos deixar um comentário bem inútil e sem sentido como só eu posso fazer =D

Bom...ja tem coisa escrita, não é um comentário sobre o texto, mas tá valendo...então como eu deixei um comentário inútil no seu blog...deixe um comentário no meu =D...ta certo que está bem desatualizado, mas ta valendo...



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