A Criança das Eras

Era uma vez uma criança que repousava na meia luz do tempos segurando uma pena fina de luzes pálidas com ambas as mãos em forma de concha. Ela dançava com asas emprestadas por uma coruja amiga que voava no vórtice eterno da consciência. Dançava! Dançava em espiral ascendente até o brilho fosfóreo da lua, na compania dos ventos gelados que carregavam as folhas vermelhas que cobriam o chão... Ela sabia, ela sempre soube que chegava o fim do outono para aquelas montanhas eternas que cobriam vales e florestas jamais dantes tocados por outra pessoa qualquer...


O outono se findava e, com ele, uma parte de sua alma, agora, sempre, por todo fugaz instante que cobrir a imensidão absoluta das eras!


"Logo o sol vai se por minha coruja amada e com o fim do ocaso virá o inverno, mas vamos ficar bem! Estamos juntos, agora, sempre, e com isso sinto que há beleza por todo fugaz instante que cobrir essa vastidão que chamamos de infinito! Está tudo bem, estamos juntos! Amanhã despertaremos em nosso outono eterno".
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